segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Simbologia em Death Note Parte1

Nota importante: este artigo foi extraído do blog Crazy Haal que por sua vez foi extraído de algum outro blog. Assim sendo, não sei quem é o autor original (que merece os parabéns pela análise que ficou perfeita). Espero que gostem ^.^



Rosa
                                              
Segunda abertura (Zetsubou Billy) – A rosa é, na iconografia cristã o cálice que recolhe o sangue de Cristo – Misa aparece deitada sobre rosas, misturando-se com elas; ela é o suporte de Raito e, sem a sua colaboração, ele não poderia atingir os seus objetivos tão facilmente. Entenda-se aqui que Raito é o deus do novo mundo (Deus na Terra = Cristo). Deste modo, Misa recolhe o sangue de Light (ela sente na pele as consequências das ambições dele, embora tenha admitido que a única maneira de estar feliz, era a seu lado, fazendo tudo o que estivesse ao seu alcance para fazê-lo feliz também).



Rosa Azul


Segunda abertura (Zetsubou Billy) – Uma rosa azul seria o símbolo do impossível. – É impossível para Light ser Cristo/Deus na Terra – não só é pecador como possui um poder limitado quando utiliza o Death Note (atributos que são negados a uma entidade superior) – assim como o é a sua ambição (o fato de alguma vez poder construir um mundo perfeito).

Número 13





Episódio 25 – Aparece quando se faz referência à regra falsa do Death Note, inventada por Ryuuku: ”Se o portador do caderno não escrever o nome de pessoas a serem mortas durante um intervalo de 13 dias, morrerá.”; Episódio 37 – Enquanto procuram por Light, Matsuda, Aizawa, Ide e Mogi reúnem-se ao pé do armazém nº 13 – Desde a antiguidade que o número 13 tem sido considerado como de mau agouro. Na última refeição de Cristo com os seus apóstolos, a Última Ceia, os presentes eram treze. A Cabala enumerava 13 espíritos do mal. O 13º capítulo do Apocalipse é o do Anticristo e da Besta. De uma forma geral, este número corresponde a um recomeço, com este matiz pejorativo de que se trata mais de refazer qualquer coisa do que de renascer. – No episódio 25 e 37, o número 13, cuja significação é atribuída ao mau agouro e à morte (lembre-se que a carta de Tarot A Morte é o décimo terceiro arcano maior), surge pouco tempo antes de L falecer (ele já tinha ficado intrigado com esta regra do Death Note) e de Raito morrer, respectivamente. Além disso, apesar de Raito se considerar o deus do novo mundo, ele, no fundo, acaba por se revelar um Anticristo, pois trata-se de alguém que se opõe a Jesus Cristo em relação ao modo como faz o Bem e que, segundo a tradição Cristã, dominará o mundo nos últimos dias, antes que Cristo regresse pela segunda vez. Pode dizer-se que, em Death Note, o número 13 corresponde a um recomeço, que se trata mais de refazer qualquer coisa do que de renascer, pois logo após a morte do L, Raito, ressuscitado, volta a agir em liberdade, como Kira, e, assim que Raito morre, pressupõe-se não um surgimento de um novo mundo, mas sim uma reconstrução do mesmo, isto é, uma mudança gradual, no sentido de se viver sem Kira.


Corvo



Primeiro final (Alumina) e segunda abertura (What’s Up. People?!) – Parece concluir-se de um estudo comparativo de costumes e crenças de numerosos povos que o simbolismo do corvo só recentemente adquiriu o seu aspecto puramente negativo. É considerado, com efeito, nos sonhos, como uma figura de mau agouro, ligado ao medo da infelicidade. No Japão, ele é um mensageiro divino, símbolo da perspicácia. No Gênesis (8,7): “É ele que vai verificar se a terra começa, após o dilúvio, a reaparecer por cima das águas”. Na Grécia acreditava-se que eram dotados de poder de conjurar a má sorte. O corvo aparece muitas vezes nas lendas célticas onde desempenha um papel profético. Ele seria também um símbolo da solidão, ou melhor, do isolamento voluntário daquele que decidiu viver num plano superior. Guia das almas na sua última viagem, pois, sendo psicopompo, ele penetra, sem se perder, o segredo das trevas. – Remetendo a simbologia do corvo para Death Note, a sua ligação à infelicidade e ao poder de trazer má sorte poderá estar relacionada com o aviso que Ryuuku fez a Raito, assim que este começou a aperceber-se do poder que tinha nas mãos: para aquele que utilizasse o Death Note, só podia ser esperado um final trágico. Ainda assim, Raito comporta-se, de fato, como um mensageiro divino (alguém mandado por Deus para fazer Justiça), dotado de grande perspicácia (ele, afinal, é um gênio), que vive num plano superior, a que só ele pertence (tem mais poder que todos os que estão à sua volta, decidindo, assim, qual o seu destino). Esta idéia de possuir um poder divino e superior é transmitida por imagens da Zetsubou Billy: ele passa pelos automóveis sem sofrer qualquer dano e caminha numa direção oposta à de todas as pessoas:



Vermelho e Azul

Vermelho: O vermelho sugere motivação, atividade e vontade. Persistência, força física, estímulo e poder são seus traços típicos. A intensidade da cor pode se referir à indecência, grosseria, obstinação, crueldade física, brutalidade, perigo, rancor ou revolta.
Azul: Essa cor faz parte do espectro frio, e por sua quietude e confiança, promove a devoção e a fé. Azul é uma cor associada ao dever, beleza e habilidade. Algumas vezes o azul pode ser prejudicado por imaturidade, isolamento e separação. A natureza da cor azul é procurar e buscar sem cessar. Aspectos comuns são dúvida e descrença, assim como tem tendência ao desleixo e desconfiança.
Maçã
Aberturas (The World e What’s Up, People?!), primeiro final (Alumina) e ao longo da série – Trata-se de uuma forma de conhecimento, mas que é ora o fruto da Árvore da Vida, ora o da árvore da Ciência do bem e do mal: conhecimento unificador que confere a imortalidade, ou conhecimento separador, que provoca a queda. Comer a maçã significa abusar da sua inteligência para conhecer o mal, da sua sensibilidade para o desejar, da sua liberdade para o fazer. – A imagem da maçã, aparecida tantas vezes, ilustra a grandiosidade da sabedoria de Raito que, mal utilizada, traz consequências irreversíveis (mais uma vez, alusão ao seu final trágico – a sua morte. Ao ser dono do Death Note, acede ao conhecimento separador, que provoca a queda. Raito trinca a maçã em The World, ou seja, abusa da sua inteligência para conhecer o mal, da sua sensibilidade para o desejar (em vez de se restringir à eliminação daqueles que causam o caos e a desordem, deseja suprimir também os que se lhe opõem, dado que são pessoas que negam a existência de Kira como deus), da sua liberdade para o fazer (liberdade construída com base em esquemas mentais – que é capaz de elaborar graças à grande inteligência que tem – que lhe permitem escapar aos golpes dos inimigos). Contudo, durante a série, Raito oferece as maçãs a Ryuuku, que as come – o Shinigami conhece, deseja e faz o mal, só que de uma forma mais discreta do que Raito, isto é, divertindo-se com a tragédia que tem o seu início assim que Raito se assume como dono do Death Note.
A criação do Homem


A cena de Raito a estender uma maçã a Ryuuku, em The World, pode ser associada à famosa pintura de Miguel Ângelo, A Criação Do Homem, que se encontra representada na abóbada da Capela Sistina em Roma. Em Death Note, pode dar-se outro significado: Ryuuku, o Shinigami, encontra-se por cima de Raito, representando o papel de Deus, pois Ryuuku criou Kira, que é Raito. Na sua mão, encontra-se uma maçã, provavelmente um símbolo de oferenda por parte de Raito por Ryuuku o ter transformado num deus.

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